Pra quem não entendeu, assim como eu, a troca de pneus com a bandeira vermelha no GP de Mônaco de F1, estou postando um artigo do site http://splash-and-go.blogspot.com:
Quem diria que o GP de Mônaco seria tão sensacional como foi desconsiderando o fato de que, se em anos anteriores sempre o pole não conseguiu vencer, foi porque a corrida foi confusa, mas nunca disputada e emocionante.
Graças a Mônaco, pilotos como Jarno Trulli e Olivier Panis têm em seu currículo uma única vitória na F1, mas pelos motivos errados. Neste domingo, levou a corrida o piloto mais competente e houve disputas genuínas, se não um pouco exageradas, durante toda a prova.
Mas a bandeira vermelha... Ela acabou com um fim de corrida que seria bastante interessante. E muitos fãs ficaram com a pulga atrás da orelha em relação às mudanças de pneus que os carros sofreram enquanto ficaram parados no grid.
Pois bem, Fábio Seixas foi buscar no regulamento e descobriu que é perfeitamente normal que os carros possam trocar os calçados borrachudos enquanto a poeira não baixa, mas o fato é que essa regra existe não para casos como visto no principado.
A real finalidade da regra é que a maioria das interrupções de prova/treinos ocorre devido ao clima. Ou seja, chuva torrencial. Daí, carros podem trocar os pneus por de chuva e podem continuar correndo sem o perigo de se arrebentarem na primeira curva.
Mas essa regra, tão inteligente, foi na direção diametralmente oposta no domingo, causando um efeto mais do que burro no fim da prova. O artigo foi mal redigido e certamente deve ser revisto agora, prevendo que, apenas em casos de chuva torrencial, os carros podem trocar os pneus sob bandeira vermelha.
Se a organização da prova não queria que a corrida terminasse sob a batuta do safety-car, a regra da troca de pneu apenas trocou uma formalidade por outra e permitiu que Vettel selasse sua vitória em um fim de corrida "normal", mas apenas burocrático.
São detalhes... e pela primeira vez em um bom tempo os fãs reclamaram de uma adversidade ocorrendo, em vez de o contrário, quando há apenas alguns meses, todos rezavam para Deus e o mundo para que houvesse uma bandeira amarela, um safety-car, um acidente, para que a corrida fosse chacoalhada e as variáveis realinhadas.
Sinal dos tempos...
Daniel Gomes
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