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quinta-feira, 16 de junho de 2011

APOIO AOS BOMBEIROS DO RIO DE JANEIRO



Carta dos Bombeiros ao Governador do RJ:



Exmo. Sr. Governador, ou seria Ditador, Sérgio Cabral Filho,muita coisa ainda se encontra engasgada em minha garganta. Não tenho nada contra o senhor, tenho tudo. Tudo contra o estado ditatorial em que hoje se encontra o estado onde eu vivo, o Rio de Janeiro. O que é isso companheiro? Muitos aqui tombaram. Rios de sangue corriam pelas ruas do Centro do Rio. Há um passado de lutas e glórias, batalhas inesquecíveis, o senhor não lembra? Nunca pegou um livro de história?Apesar de alguns ainda serem manipulados pelas tecnologias de comunicação. Muitos que preferem a estética do que a dignidade. Hoje a tecnologia está do lado inverso, e pode ser usada para dizer que uma ditadura velada, hoje é uma ditadura transparente.Fora toda perseguição, repressão e matança aos livres direitos de manifestação no Brasil. Há um caso que não pode ser esquecido, sobre o CBMERJ, punições, transferências, IPM's, perseguições, ameaças, bombas de gás lacrimongêno, spray de pimenta, bombas de efeito moral, tiros de pistola e fuzil calibre 762... Parece mentira né? E o que me dizem de termos o apoio da classe artistíca? Isso preocupa muitos... Pois quebra o conceito estético implementado pelos veículos de comunicação que o senhor tem nas mãs. Prefiro não lembrar dos carros pretos na porta da minha casa, muito menos dos que lá me esperavam voltar. O senhor está maluco? Não é uma questão de ordem pública... É uma questão a ser definida pelo senhor... Se vivemos numa democracia ou ditadura? Se foram 439 presos "criminais" ou políticos?Quando a classe artística se fez presente no sarau nas escadarias da ALERJ, onde estava a PMERJ (que estava aqui com uma viatura para conter centenas de "vândalos" e se retirou)? Onde estava toda a imprensa? Onde estava a imprensa? Onde? Que cobre esse movimento constantemente... Só consigo me lembrar das pessoas infltradas... Que nunca... Nunca... Gritaram com o mesmo ímpeto palavras que guardamos nos nossos corações... É muito triste ver tudo isso. Senhor burguês, o que eu preciso ter ningúem nunca vai me dar, terei que conquistar. Vândalo é quem oprime, escraviza, falta 50% do mandato, viaja constantemente à Paris, desvia dinheiro público para próprio benefício, passa por cima de leis ambientais para estabelecer seus palacetes e benefciar a quem lhe convém, coloca duas tropas co-irmãs em disputa, quem mata milhares de indivíduos fluminenses sem piedade nenhuma, sem amor no coração.Não invadimos de maneira irresponsável, covarde ou inconsequente a nossa própria casa. Pedimos ao nosso pai, o Cmt. Geral, que abrisse as portas, ele não o fez. Dentro do CBMERJ a mãe é nossa casa, a instituição que nos abriga e conforta, tendo como figura mais representativa o Quartel Central. Os filhos são todos aqueles militares subordinados ao Cmt. Geral. O que faria se seu pai espancasse sua mãe, não botasse comida em casa e maltratasse seus irmão? Caso você chegue na sua casa sem as chaves e a porta encontre-se trancada, não irá pular a janela? Pedimos inúmeras vezes para entrar. Ocupamos algo que nos pertence. Que faz parte de nossas vidas e das nossas famílias... Que envolve muitas outras vidas.Quando há um socorro, o Bombeiro Militar, mesmo que em manifestação, é o primeiro a chegar. Sua missão é resgatar a maior quantidade de vítimas que conseguir, mesmo com o sacrifício da própria vida. Nós todos somos do Corpo de Bombeiros Militar mais antigo da América Latina, fundado pelo Imperador Dom Pedro II... Aguardamos a homenagem oficial da corporação aos heróis de 12/01/2011 e Nova Friburgo.Agradecemos imensamente à todo apoio da população. Agradecemos a dignidade e o compromisso ético dos últimos veículos de imprensa livre, que estão vivendo como núcleos de resistência no Rio de Janeiro.








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