A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas aprovou nesta quinta-feira a elevação do status da Autoridade Palestina de "entidade observadora" para " Estado observador não-membro " - ação rejeitada por Israel e EUA. Dos 193 membros, 138 votaram a favor, 9 contra e 41 se abstiveram.
O título de "Estado observador não-membro" é usufruído por outros, como o Vaticano, e dará aos palestinos acesso a outras organizações internacionais, mas não direito a voto na Assembleia ou de propor resoluções nem postular-se a cargos na ONU.
A votação ocorreu após discurso do presidente palestino, Mahmud Abbas, em que pediu que a Assembleia concedesse "a certidão de nascimento" da Palestina, afirmando que a medida seria a última chance para uma solução de dois Estados no conflito de décadas com Israel.
"A Assembleia Geral é convocada hoje a emitir uma certidão de nascimento da realidade do Estado da Palestina", disse Abbas à assembleia de 193 nações, de acordo com o texto de sua declaração. A data de 29 de novembro é muito simbólica para os palestinos porque é o aniversário da adoção em 1947 na ONU do plano de divisão da Palestina, que previa então a criação de um Estado judeu e de um Estado árabe.
Os palestinos reivindicam que um Estado seja formado na Cisjordânia, Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental - áreas que Israel capturou na Guerra dos Seis Dias, em 1967. Em nota, o governo brasileiro felicitou a Autoridade Palestina pela conquista e reiterou seu apoio à retomada imediata de negociações que "conduzam ao estabelecimento de uma paz sustentável e duradoura baseada na solução de dois Estados".
Fonte: IG
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