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sábado, 2 de julho de 2011

5ª etapa - Mundial de Enduro - Kalampaka - Grécia



Os 90 pilotos inscritos para esta quinta rodada do Mundial de Enduro em Kalampaka, na Grécia, foram unânimes em elogios não só à organização e beleza do local, como também às dificuldades do circuito. As Especiais bastante variadas, com um nível técnico elevado, foram temperadas com a vibração do grande público que se espalhou por todo o trajeto, permanecendo no local durante todas as oito horas de prova.O italiano Alessandro Botturi, da Gas Gas, resumiu a opinião da grande maioria dos participantes. "É uma prova difícil porque tem muitas Especiais, uma atrás da outra. O Enduro Test teve praticamente 11 minutos de duração e precisávamos ficar focados o tempo todo. Adicione a tudo isto o forte calor e este GP da Grécia realmente não foi nada fácil".


E3
Joakim LjunggrenIrritado com seu abandono por problemas mecânicos na Turquia, Christophe Nambotin dominou o primeiro dia da classe E3 do início ao fim, recebendo a bandeirada com uma excelente vantagem de 1min13s sobre o segundo colocado. O francês conseguiu descontar importantes pontos do líder Mika Ahola, que por sua vez não teve um bom início de prova. O finlandês veio se recuperando ao longo do dia e precisou brigar bastante para garantir a terceira colocação. O oponente de Ahola na disputa pelo terceiro posto de sábado foi Kurt Caselli, do time KTM norte americano. Com David Knight e Taddy Blasuziak 'de molho', o time laranja ficou sem representantes significativos na E3 e parece ter acertado ao 'importar' o piloto americano. Caselli apresentou um show à parte com sua 500 EXC e pelo jeito vai movimentar a categoria nesta segunda metade da temporada. O piloto só perdeu o pódio, devido a um pequeno erro no último Enduro Test do dia, mas mesmo assim ainda ficou apenas 71 centésimos atrás de Ahola.Na segunda colocação, depois de se manter discreto por quase todo o dia, Joakim Ljunggren mostrou que vem evoluindo a cada prova e levou sua Husaberg a uma terceira volta meteórica, alcançando de surpresa a posição. “Andei muito bem no Extreme e Cross Tests da volta final e esta segunda posição foi realmente inesperada para mim”, comentou o feliz sueco ao final do dia.



Se o primeiro dia já foi duro e difícil para os pilotos, o seguinte foi ainda pior com a temperatura alcançando a casa dos 37º C e o terreno, já castigado, causando muitos problemas nas suspensões. Prova disto foi o grande número de abandonos, que chegou aos 40% dos participantes. Alheio a tudo isto, Nambotin se mostrou o mais forte do dia com outra convincente vitória. Determinado e bem preparado fisicamente, o piloto Gas Gas fez mais uma prova sem erros, mostrando estar nesta etapa, um nível acima dos concorrentes.
Mika Ahola“Esta foi minha primeira vitória dupla no campeonato e vai ajudar a esquecer a decepção de abandonar a etapa na Turquia. Meu objetivo agora é tentar ganhar o máximo de provas possíveis, daí poderemos ver o que acontecerá no fim da temporada”, declarou o determinado Nambotin, que agora diminuiu para 33 pontos sua desvantagem sobre Mika Ahola, na disputa do título da E3.Caselli se redimiu do erro no dia anterior e levou para casa uma excelente segunda colocação, garantindo a posição na mesma Especial em que se prejudicou no sábado. O norte-americano parecia ser o único piloto que realmente se divertiu na difícil prova de domingo, “Estou acostumado a estas condições nos EUA e também ao calor. Hoje achei o percurso mais fácil que ontem, mudamos um pouco a suspensão e me senti mais à vontade na moto. É claro que estou muito feliz com o resultado, principalmente por ter usado uma moto que não conhecia. Não vejo a hora de voltar para a próxima etapa na Romênia”, comentou Caselli, que utilizou a moto de David Knight nesta prova.No duelo particular pela terceira posição, Mika Ahola soube guardar mais energia para o final, fechando o pódio novamente em terceiro, mas apenas um segundo e meio à frente de Ljunggren. Alex Salvini foi o quinto colocado nos dois dias, mostrando em apenas meia temporada, que já é um verdadeiro piloto de Enduro, merecendo até um resultado melhor.

E2
Cristobal GuerreroSem sombra de dúvidas, quem experimentou o melhor e o pior na Grécia foi o francês Pierre Alexandre Renet na E2. O representante da Husaberg dominou todo o primeiro dia de prova até que na volta final, se viu forçado a abandonar com problemas mecânicos. “Minha moto começou a perder potência no Extreme Test e depois o problema foi se agravando no Cross e Enduro Tests, não conseguia nem vencer as subidas nas trilhas. Fiquei muito desapontado”, lamentou Renet.Johnny Aubert vinha no encalço de seu compatriota, mas uma forte queda durante o Cross Test na quarta volta o deixou tão zonzo, que o piloto da KTM não teve condições de alcançar a linha de chegada, também abandonando a prova. Mas o calvário dos favoritos não parou por aí. Ainda na segunda volta, Ivan Cervantes se viu traído pelo motor de sua Gas Gas, sendo mais um fora da prova. “Minha moto não vinha funcionando bem desde cedo, mas amanhã estarei pronto para largar, dar o meu melhor e buscar a vitória”, declarou o otimista piloto catalão. Com tudo isto, melhor para Antoine Meo, que escapou da maré de azar de seus oponentes e garantiu mais uma vez a supremacia francesa na classe E2. Distante dos líderes no início da prova, Meo não poderia pedir por melhor resultado do que esta inesperada vitória. “Acredito que esta seja a vitória mais sortuda da minha carreira”, comemorou. Fora a conquista, o piloto da Husqvarna conseguiu um bom avanço no campeonato, já que Aubert, Cervantes e Renet não marcaram pontos neste primeiro dia.

Pierre Alexandre Renet não conseguiu se livrar dos problemas de sua moto e no dia seguinte o roteiro se repetiu. Ainda no meio da primeira volta de domingo o francês abandonou novamente, pela mesma falha mecânica. Enquanto isso, motivado pela vitória do dia anterior, Antoine Meo se isolava na frente até que se viu obrigado a forçar o ritmo no final, com a proximidade de Cristobal Guerrero. O espanhol vem se consolidando a cada prova e hoje é o melhor piloto da KTM no Mundial de Enduro.
Juha SalminenEntre os que abandonaram no dia anterior, Ivan Cervantes foi o único que conseguiu diminuir o prejuízo, finalizando em terceiro mesmo com a 'saúde' precária de sua Gas Gas 250cc. Para Johnny Aubert o problema foi maior que o esperado. Com a queda no sábado, o piloto teve uma pequena fratura em uma apófise vertebral (um pequeno osso da coluna) e nem chegou a largar. Problemas como estes enfrentados pelos favoritos, abriram caminho para os 'azarões' marcarem importantes pontos no campeonato. Caso dos pilotos Yamaha, Antoine Basset e Jean François Goblet, Aigar Leok da TM e o português Gonçalo Reis do time HM Honda.E1Juha Salminen assumiu o controle da E1 logo no início, depois de superar seu companheiro de equipe, Matti Seistola, que começou bem o primeiro dia mas acabou perdendo muito tempo no Extreme Test, finalizando em terceiro. Os franceses, assim como nas demais categorias, se mostraram rápidos com Rodrig Thain, que conquistou a segunda colocação e Nicolas Deparrois que levou sua Kawasaki a quinta posição.


Já Eero Remes, um dos maiores trunfos da KTM na categoria, ficou apenas na quarta colocação. Certamente esta vem sendo um temporada difícil para o time austríaco, que vinha dominando a classe por nada menos que os últimos dez anos.
Eero RemesAssim como no dia anterior, Salminen precisou trabalhar duro para se manter à frente de Seistola e só conseguiu fazê-lo na terceira volta durante o Enduro Test. O finlandês garantiu mais uma conquista e continua a impressionar com sua técnica que o coloca cada vez mais perto de seu oitavo título Mundial. Thain e Remes também brigaram pela segunda posição, que ficou entre os finlandeses. Seistola garantiu o posto, mas Remes veio apenas 14 centésimos atrás.No campeonato, Salminen segue mais líder do que nunca com 239 pontos. Eero Remes ainda é o segundo colocado, mas já tem Seistola empatado com ele em 198 pontos, enquanto Rodrig Thain vem se aproximando, 29 pontos atrás.Apesar das sólidas lideranças de Salminen, Meo e Ahola em suas respectivas categorias, o grande número de abandonos nas duas etapas em sequência da Turquia e Grécia, mostrou que nada está garantido nesta temporada. A próxima rodada, antepenúltima do campeonato marcada para os dias 9 e 10 de julho na Romênia, mostrará se os líderes continuarão a trilhar seus caminhos ou se serão pegos pela maré de azar que vem derrubando vários favoritos pelo caminho.


Fonte: motox.com.br










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