Por Alberto Brandão
No inicio do século passado, por volta dos anos 20, dois irmãos com habilidades de luta muito diferente das habituais resolveram testar a eficiência do que treinavam. Carlos e Hélio Gracie passaram a desafiar adversários das mais variadas artes marciais, dispostos a mostrar que o Jiu-Jitsu Gracie, depois chamado de Brazilian Jiu-Jitsu por questões de patente, era a arte marcial mais eficiente que existia.
Estes eventos, chamados então de “Desafios Gracie”, evoluíram e se tornaram tão populares que, depois chamados de “Vale Tudo”, chegaram a acontecer até no Maracanã. No começo dos anos 90, Rorion Gracie foi para os Estados Unidos e começou a realizar pequenos desafios contra lutadores locais, quando então se juntou com Art Davie e mudaram o destino das artes marciais no mundo todo. Surgiu então o Ultimate Fighting Championship.
No início, o UFC era apenas um grande torneio de artes marciais, como víamos nos filmes do Van Damme, tentando determinar quem era o melhor lutador e qual era o melhor estilo. Os lutadores eram apresentados por sua arte marcial, e o anúncio dizia claramente: não existem regras. Não existia o conceito de mistura de artes marciais, muito menos a utilização de equipamentos. O Primeiro UFC contava com praticantes das seguintes artes marciais:
Savate
Sumô
Kickboxing
Karate
Boxe
Jiu-Jitsu
Shootfighting
Taekwondo
No dia 12 de novembro de 1993, um brasileiro se tornou o novo ícone das artes marciais no mundo todo. Após três lutas exaustivas, Royce Gracie foi coroado o primeiro campeão do que viria se tornar o maior torneio de artes marciais do mundo. A primeira luta da história do UFC foi entre Gerard Gordeau(Savate) vs. Teila Tuli(Sumô), paralisada aos 26 segundos depois que Gerard arrancou um dente de Teila com um chute, sendo declarado nocaute técnico.
Após grandes polêmicas e incidentes, em 17 de Novembro, no UFC 28, o Vale Tudo tomaria um destino mais profissional, acontecendo o primeiro UFC sancionado sob a bandeira do Mixed Martial Arts (MMA), que trazia regras específicas para preservação dos lutadores. Com isso se tornaria visualmente menos agressivo e facilitaria a aceitação do público e da comissão atlética como um esporte legítimo.
Fonte: papodehomem.com.br
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