Modelos 2011 da marca japonesa trazem melhoramentos no escape, no mapeamento do motor, além de novo grafismo. Ambos têm o mesmo quadro, construído em alumínio
A dinâmica dos modelos especiais de cross é um pouco diferente dos normais de rua. A fabricação não é constante ao longo do ano, mas temporária. Como são motos de um segmento bastante específico, a logística inclui a produção de uma única fornada, e ponto final. A rotina normalmente se repete, com os lançamentos por volta da metade do ano. A Honda, maior fabricante mundial, mantendo o roteiro, acaba de apresentar sua linha 2011, com os modelos CRF 250R e 450R, que são importados oficialmente pela montadora para o Brasil. As novas motocicletas receberam ajustes e modernizações.
Outra característica dos modelos de cross japoneses é que também dão origem às motos especiais para enduro. O quadro e a base mecânica são os mesmos, mas o motor recebe alterações para ganhar mais torque em baixas rotações, com balanceiros mais pesados, em detrimento da potência, além de um sistema elétrico que comporta farol, farolete e partida elétrica. Desta forma, os novos modelos de cross acabam sinalizando quais as tendências e como serão as novas motocicletas de enduro, que, em um futuro próximo, também vão frequentar as trilhas de Minas Gerais e do Brasil.
O maior modelo da linha, o CRF 450R, aposentou o carburador em 2009, adotando injeção eletrônica de combustível, com tecnologia que dispensa a bateria, reduzindo o peso. Basta acionar o pedal de partida, que conta com descompressor para ficar mais leve, gerando energia suficiente para o funcionamento do sistema de injeção, e acordar o motor do tipo quatro tempos de um cilindro, equipado com refrigeração líquida. O modelo CRF 250R só ganhou a novidade da injeção eletrônica de combustível em 2010. Ambas, porém, têm o mesmo quadro, construído em alumínio, com vigas laterais.
Outro efeito colateral provocado pela adoção da injeção eletrônica foi a redução da capacidade do tanque de combustível, que comporta 5,7 litros. Como o motor ficou mais econômico, o volume do compartimento pôde ser diminuído, reduzindo também o peso desnecessário. Outra consequência foi a quase aposentadoria da caixa de ferramentas. Atualmente, as regulagens são feitas por meio de computadores plugados na moto, que alteram a quantidade e qualidade da mistura, além de outros parâmetros, conforme a temperatura, umidade do ar, altitude da pista etc afinando o motor para as condições específicas do local e gosto do piloto, sem qualquer vestígio de graxa. O modelo CRF 250R 2011 ganhou nova caixa de filtro de ar, nova bomba de combustível, que fica dentro do tanque, e uma ponteira de escape mais longa, para adequação das normas de emissão de ruídos mais rigorosas da Federação Internacional de Motociclismo (FIM). O motor de um cilindro, batizado de Unicam, com nova programação de centralina, desenvolve 43,5cv a 11.000rpm e torque de 2,96kgfm a 8.000rpm. O revestimento do banco e o grafismo também foram alterados. A ergonomia, chamada de Revolutionary Ergonomics Design (RED), inclui um guidão equipado com novo amortecedor de direção.
A suspensão dianteira é Showa com tubos de 48mm de diâmetro e 273mm de curso. A traseira, mono, em balança de alumínio, também Showa, tem 318mm de curso. Ambas reguláveis. O peso em ordem de marcha (abastecida) é de 101,8kg. Os freios dianteiro e traseiro têm disco de 240mm. O modelo CRF 450R divide o quadro (5ª geração) com a CRF 250R, em alumínio perimetral, e tem um centro de gravidade mais baixo. O câmbio tem cinco marchas e o peso abastecida é de 107,6kg. A suspensão dianteira é Kayaba, com tubos de 47mm de diâmetro e 315mm de curso. A suspensão traseira, mono, tem 320mm de curso. O motor fornece 55,6cv a 8.500rpm.
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