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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Rally dos Sertões - Mundial 2011

Edição 2011 do principal rali brasileiro tem opinião praticamente unânime entre os participantes: apesar de mais curto, trajeto é muito mais difícil para todos os envolvidos - em especial os veículos
Maior rali do mundo disputado dentro de apenas um país, o Rally dos Sertões 2011 tem um perfil diferente do que foi realizado no ano passado. Apesar de possuir os mesmos pontos de partida e chegada (de Goiânia a Fortaleza), o trajeto deste ano é mais curto - tem 4.096 quilômetros contra 4.486 de 2010. E, apesar disso, será mais difícil para pilotos, navegadores, equipes e, em especial, para as motos, carros, quadriciclos e caminhões que serão colocados à prova. Serão dez dias de competição em um piso muito exigente, de 9 a 19 de agosto.

Para o piloto Klever Kolberg, que tem como navegador o potiguar Flávio Marinho de França, "o grau de dificuldade está no tipo de piso e estado das estradas e trilhas escolhidas para o roteiro. Por exemplo, o grau de dificuldade do Dakar que acontece na América do Sul tem sido maior do que era na África, justamente porque são escolhidos locais de difícil transposição, com muitas pedras e erosões, que danificam os veículos", analisou o piloto do Valtra Dakar Eco Team, que utiliza o Protom Etanol de 260 cv, preparado pela ProMacchina.
Já na opinião do navegador Kleber Cincea, que faz parceria com Marcos Baumgart no Triton Evo apoiado por Vedacit/Mitsubishi/Cidade Center Norte, tais características trarão mais equilíbrio entre os competidores. "O Sertões deste ano vai ser bem travado, e isso ajuda a nivelar a diferença entre os carros importados e os de fabricação nacional. Todo mundo subiu um degrau no desenvolvimento, e ainda teremos uma prova extremamente técnica", disse. Seu parceiro Marcos contou o que espera desta edição do rali. "Haverá umas especiais bem características de Sertões, como nos outros anos. No entanto, o diferencial é que teremos muita ‘quebradeira’ - trechos difíceis para os veículos, no jargão dos ralizeiros. Em termos de quilometragem, cinco especiais corresponderão a 68% do trajeto do rali. São a segunda, terceira, quinta, sexta e sétima etapas, e é nestas que temos de ir bem - a sexta e a sétima são as provas de entrada e saída do Jalapão. É uma região que conhecemos e sempre andamos bem por lá", lembrou o piloto.
Prova disso é o fato de seu irmão, o também piloto Cristian Baumgart - que também integra a equipe Mitsubishi Brasil -, ter vencido a especial do Jalapão em 2010 (de Palmas a São Félix do Tocantins). "A estratégia será ser cuidadoso e aproveitar muito bem os momentos em que poderemos acelerar mais. O percurso deste ano está mais severo - uma característica que particularmente não me agrada, porque se é travado e com muita quebradeira fica mais parecido com raid do que com rali. Ano passado foi bem rápido, mas teve um dia que foi perigosíssimo. Mas é algo que a organização trabalha ano após ano: em promover uma mistura entre estas duas características", comentou o piloto, que tem Beco Andreotti como navegador no Mitsubishi Triton Evo.
"Quando o tipo de terreno desgasta muito o equipamento, o trajeto favorece os veículos mais resistentes. Teremos muitos adversários fortes neste ano, então teremos de estabelecer e implementar uma estratégia, reforçando nossos pontos fortes e a adaptação às adversidades. Só assim teremos chance de estabelecer uma competitividade", destacou Kolberg, vice-campeão na classificação geral e campeão na categoria Pro Etanol.







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